Carta aberta
Exmos. Senhores administradores da Olá,
Antes de mais e como sei que devem ser indivíduos extremamente ocupados permitam-me situar esta humilde missiva como altamente prioritária, designadamente na vossa estratégia marktingÓpubicitária.
Ora vejamos: sou um cliente antigo e fiel à marca.
Okay, posso não ser “dos mais antigos” mas sou deveras fiel à marca. Escolho cafés/esplanadas/tascos pela sua afiliação às marcas de gelados (odeio de morte gelados Menorquina e sou bastante avesso a gelados Nestlé).
Mais adianto que tenho por hábito recordar os meus Verões pelo gelado para mim mais “popular” nesse ano. Como exemplo tenho o “Verão do Feast mint”, foi do melhor.
É do estilo:
- Lembraste quando o Benfas foi a Alvalade afinfar 3-6 na lagartagem?
- Hmm (pausa para pensar)
- Aquele em que o João Pinto fez três golaços!
- Ahh (pausa para suspirar) aquele ano do magnífico “Rol”
É quase isto.
Bom, agora que inevitavelmente tenho a vossa atenção:
Venho por este meio manifestar a minha preocupação pela crescente devastação e desbarato do misticismo da marca Olá.
Não tenho mais com que me preocupar? Tenho. Mas isto é preocupante.
#1: Vender gelados todo o ano. Erro. Entendo que queiram agradar à malta, mas parte (grande) do gozo de sentir o Verão a chegar está em andar em pulgas por cravar o dente num gelado (Olá!, pois claro). Aquela ansiedade de ver de novo os cartazes Olá à beira das esplanadas, de ver qual era a nova babe jeitosa e em trajes minimalistas que anunciava a marca, aquela corrida a provar as novidades fresquinhas do Verão, de discutir apaixonadamente qual era a sensação de gelado do ano.
#2: Serviço de distribuição e reposição de stocks. Mau. Sei que não deve ser fácil, a procura é muita. Mas o Pai Natal safa-se lá naquilo que tem a fazer e só tem um dia para aviar os fregueses. Quantas não são as vezes que me apetece um Cornetto de Nata e acabo com um Magnum Essence, visto que não tendo o primeiro, nem o Magnum Praline Pimenta ou o Caramel and Nuts e o Feast acabo “quase” enfadado com um (magnífico) gelado como o Magnum Essence. Stocks sempre em alta, digo eu.
#3: Hoje em dia mudam de cartaz como quem muda de cuecas – como se alguém mudasse de cuecas uma vez ao ano – já não dá para acompanhar as novidades! Creio que há dois anos não consegui experimentar todos os Magnum Sete Pecados e agora vejo-me grego para saber que escolher quando olho para o cartaz, sinto-me um burro a olhar para um palácio. Reconheço os clássicos que nunca me deixam ficar mal e a Eva Longoria.
#4: Por falar em Eva Longoria. Gosto, pessoalmente gosto. Mas para quando uma Carmen Electra? Fica a sugestão. Acho mais “Temptation”. Menos “dona de casa”, mais “desesperada”.
#5: Gelados clássicos/míticos. Para quando um regresso às origens, uma RTP memória formato gelado, um reviver o Glorioso em Alvalade do João Pinto, um regresso do Feast mint, do Rol, do mini-milk a preços do antigamente, do verdadeiro Epá. Não esta coisa que vendem agora com o nome de Epá com qualquer coisa de indescritível – penso que é uma gosma nojenta de aspecto muito duvidoso – a fazer de pastilha no fundo do copo.
#6: Para quando um hiper-mega-super Perna de Pau? Não quero saber daqueles códigos maricas que enfiam no pau, que depois dá prémios e tal. Quero mesmo é um gelado maior. Vamos lá.
#7: Por falar em desperdícios, agora os Magnum vêm numa caixa? Qual foi o iluminado que veio com esta ideia?! Para que serve? É Tetrapak – protege o que é bom?? Come-se e sabe bem? Não. Então é maricas e quero um gelado maior.
#8: Publicidade na TV. Enquanto não trouxerem a Carmen vamos aos desenhos animados: não se pode agradar a miúdos e graúdos.
Sem mais assunto,
Me despeço com amizade, até uma próxima.
Atenciosamente, um cliente
Exmos. Senhores administradores da Olá,
Antes de mais e como sei que devem ser indivíduos extremamente ocupados permitam-me situar esta humilde missiva como altamente prioritária, designadamente na vossa estratégia marktingÓpubicitária.
Ora vejamos: sou um cliente antigo e fiel à marca.
Okay, posso não ser “dos mais antigos” mas sou deveras fiel à marca. Escolho cafés/esplanadas/tascos pela sua afiliação às marcas de gelados (odeio de morte gelados Menorquina e sou bastante avesso a gelados Nestlé).
Mais adianto que tenho por hábito recordar os meus Verões pelo gelado para mim mais “popular” nesse ano. Como exemplo tenho o “Verão do Feast mint”, foi do melhor.
É do estilo:
- Lembraste quando o Benfas foi a Alvalade afinfar 3-6 na lagartagem?
- Hmm (pausa para pensar)
- Aquele em que o João Pinto fez três golaços!
- Ahh (pausa para suspirar) aquele ano do magnífico “Rol”
É quase isto.
Bom, agora que inevitavelmente tenho a vossa atenção:
Venho por este meio manifestar a minha preocupação pela crescente devastação e desbarato do misticismo da marca Olá.
Não tenho mais com que me preocupar? Tenho. Mas isto é preocupante.
#1: Vender gelados todo o ano. Erro. Entendo que queiram agradar à malta, mas parte (grande) do gozo de sentir o Verão a chegar está em andar em pulgas por cravar o dente num gelado (Olá!, pois claro). Aquela ansiedade de ver de novo os cartazes Olá à beira das esplanadas, de ver qual era a nova babe jeitosa e em trajes minimalistas que anunciava a marca, aquela corrida a provar as novidades fresquinhas do Verão, de discutir apaixonadamente qual era a sensação de gelado do ano.
#2: Serviço de distribuição e reposição de stocks. Mau. Sei que não deve ser fácil, a procura é muita. Mas o Pai Natal safa-se lá naquilo que tem a fazer e só tem um dia para aviar os fregueses. Quantas não são as vezes que me apetece um Cornetto de Nata e acabo com um Magnum Essence, visto que não tendo o primeiro, nem o Magnum Praline Pimenta ou o Caramel and Nuts e o Feast acabo “quase” enfadado com um (magnífico) gelado como o Magnum Essence. Stocks sempre em alta, digo eu.
#3: Hoje em dia mudam de cartaz como quem muda de cuecas – como se alguém mudasse de cuecas uma vez ao ano – já não dá para acompanhar as novidades! Creio que há dois anos não consegui experimentar todos os Magnum Sete Pecados e agora vejo-me grego para saber que escolher quando olho para o cartaz, sinto-me um burro a olhar para um palácio. Reconheço os clássicos que nunca me deixam ficar mal e a Eva Longoria.
#4: Por falar em Eva Longoria. Gosto, pessoalmente gosto. Mas para quando uma Carmen Electra? Fica a sugestão. Acho mais “Temptation”. Menos “dona de casa”, mais “desesperada”.
#5: Gelados clássicos/míticos. Para quando um regresso às origens, uma RTP memória formato gelado, um reviver o Glorioso em Alvalade do João Pinto, um regresso do Feast mint, do Rol, do mini-milk a preços do antigamente, do verdadeiro Epá. Não esta coisa que vendem agora com o nome de Epá com qualquer coisa de indescritível – penso que é uma gosma nojenta de aspecto muito duvidoso – a fazer de pastilha no fundo do copo.
#6: Para quando um hiper-mega-super Perna de Pau? Não quero saber daqueles códigos maricas que enfiam no pau, que depois dá prémios e tal. Quero mesmo é um gelado maior. Vamos lá.
#7: Por falar em desperdícios, agora os Magnum vêm numa caixa? Qual foi o iluminado que veio com esta ideia?! Para que serve? É Tetrapak – protege o que é bom?? Come-se e sabe bem? Não. Então é maricas e quero um gelado maior.
#8: Publicidade na TV. Enquanto não trouxerem a Carmen vamos aos desenhos animados: não se pode agradar a miúdos e graúdos.
Sem mais assunto,
Me despeço com amizade, até uma próxima.
Atenciosamente, um cliente
1 Bloguisses:
por momentos pensei k não referisses A música! =)
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